sábado, maio 08, 2004

Ler

...o quê e onde, eis a questão. Se temos pouco é porque queríamos mais, se temos muito é porque o que há, existe em demasia. Somos difíceis de contentar.

Em Leiria, se quero ler um livro literário sem o comprar posso ir à Biblioteca Municipal e lá está disponível uma larga colecção de livros, dos mais variados tipos, de literatura nacional ou estrangeira, ensaios de História ou livros técnicos nos diversos ramos. Se não encontro o que quero, queixo-me da pequenez da biblioteca.

Em Lisboa, capital deste país que os incautos consideram uma província espanhola, se quero realizar a mesma tarefa tenho primeiro de saber onde está aquilo que não sei que quero. Tenho de ir a uma biblioteca municipal, que em princípio será mais generalista e não temática como a maioria das que povoam o espaço lisboeta. Isto para alugar por alguns dias o tal livro de cabeceira que se vai lendo e nos vai acompanhando e enchendo o pensamento ao longo do dia.

O problema é que ninguém sabe dizer onde se encontram estas bibliotecas mais generalistas, quiçá consideradas mais provincianas ou antiquadas. Será que a Fnac tem alguma coisa a ver com isto? E depois há quem diga que em Portugal não se lê! Mesmo que haja quem queira, não há paciência que aguente o esforço de encontrar um livro que possa agradar.