domingo, novembro 12, 2006

Terras de Bouro

Este fim-de-semana decorreu numa paisagem soberba do Gerês o I GPO Terras de Bouro. Foi um rol de experiências novas: pernoitar em "solo duro" (que no fundo é acantonar num pavilhão), correr num terreno muito técnico e muito rochoso, a minha estreia em provas da Taça e Portugal e, não menos importante, saborear pela primeira vez o pitéu que é a "massa à COC".

Zona das partidas no Sábado
Concentração para a partida de Sábado (dist. média)

Como as partidas no sábado começavam às 11h, resolveu-se partiu na sexta-feira ao fim do dia. Ainda bem que assim fizemos, pois conseguimos ficar bem instalados, apesar de o solo duro ter enchido por completo.

No sábado eu parti às 12:45, quase duas horas depois da primeira partida, o que me deu tempo para tirar algumas fotografias antes de ir correr. Os montes perdiam-se de vista, cada vez mais azulados no horizonte; as rochas, enormes e de formas engraçadas, pareciam trabalhadas por um artífice; as pessoas estavam impressionadas com a envolvente e os cavalos que andavam por ali à solta não se mostravam muito incomodados com a presença de estranhos.

Cavalo perdido
Este bonito cavalo vinha direito a mim a relinchar.

Quanto à corrida, estava difícil encontrar o 4º ponto (chegaram a juntar-se quatro pessoas à procura do ponto) e um desnorte a caminho do 11 fez-me perder muitos minutos. Estes foram os maiores erros. O terreno era muito irregular, com muitas rochas e pedras enormes e às vezes era difícil saber qual era qual entre o mapa e o terreno.

À tarde fomos fazer o circuito aventura das dez pontes entre árvores. Na organização não nos souberam explicar o que era: diziam-nos que era um passeio a cavalo, eu tinha ficado com a ideia de um percurso pedestre entre árvores onde se passava por cima de dez pontes. Fomos na mesma e adorámos. Afinal era um percurso de obstáculos aéreos em que se passava de uma árvore para outra suspensos em cabos de aço, cada passagem com o seu obstáculo, acabando no slide até ao ponto de partida. Interessante foi o salto para uma rede grossa que depois tínhamos de trepar estilo homem-aranha.

Circuito entre Árvores
Circuito entre árvores oferecido pela Equicampo.

Ao chegar à escola em cujo pavilhão estávamos alojados, invadiu-nos o aroma da especialidade culinária do Clube: a massa à COC. Muita massa com carne (eram duas panelas cheias!), depois era só polvilhar com queijo ralado e voilá! Que pitéu...

Para "desmoer" o jantar, passei pela VI Feira/Mostra de S. Martinho, que era ali muito perto, com várias barraquinhas a oferecer o que melhor tinham da região, desde doces e compotas até chouriços e salpicões, passando pelos queijos ou mesmo artesanato. Acabei por comprar dois pequenos pães-de-ló de Ovar (que nem sequer é ali perto!) e a senhora deu-me uma ficha para os carros-de-choque a mim e outra ao Fred. E fomos logo gastá-las!

Carros-de-choque
Foi um momento bastante descontraído nos carros-de-choque.

Ainda pudemos provar castanhas mal assadas no meio da estrada por um dirigente escutista de um dos grupos de escuteiros de Terras de Bouro.

No domingo foi a distância longa, com a ordem das partidas inversa à classificação do dia anterior, isto é, primeiro partiam os que tinham ficado em último. A arena não ficava nada atrás de outras em eventos internacionais (pelo que tenho visto na internet). Limparam o tojo numa boa área, havia uma zona de espectadores que tinha uma paisagem magnífica para apreciar enquanto não chegassem os atletas, proporcionaram algumas actividades lúdicas como tiro com o arco, tiro com bolas de paintball e luta de sumo, as partidas tinham o minuto -6, que levavam os atletas (com um pequeno mapa para habituação à escala 1:10.000 ou 1:15.000) a começar num ponto mais sossegado.

Arena no Domingo
Aspecto geral da Arena de Domingo.

Apesar do sossego, logo no primeiro ponto comecei a andar no meio de tojos secos, por o caminho estar um pouco imperceptível, por pensar que sabia exactamente onde estava e, principalmente, por a teimar! O fato novo do COC, estreado no dia anterior, estava cheio de picos. Mas pior que no fato era nas pernas e nas mãos!

No entanto, a grande argolada neste percurso viria a ser para o ponto 4. Fiz uma boa descida do 3 até ao caminho e depois virei à... direita (quando devia ter sido à esquerda!). Li mal o mapa e tardei a aperceber-me do erro. Só quando vi um cruzamento de linhas de água é que tive a certeza onde estava e que estava bastante mal. E mesmo já na aproximação a ponto 4 também houve um falhanço. Portanto este foi o ponto dos erros e enganos. De resto até correu bem, apesar de ir bastante lento pelo cansaço.

Foto do COC
Foto de família do COC.

No sábado de manhã, por brincadeira com o Sérgio e o Nuno (também H21B), disse que ia ficar nos vinte primeiros (em 50 inscritos). E fiquei... em 20º! No sábado fiquei em 20º (44:35), no domingo em 23º (1:18:14), o que correspondeu a 20º na geral. Portanto, para a próxima o objectivo pode ser um pouco mais ambicioso...

Fotos de Sábado
Fotos de Domingo
Resultados

Mapa de Sábado, Mapa de Sábado com o meu percurso
Mapa de Domingo, Mapa de Domingo com o meu percurso

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