Luz ao fundo do túnel
Quando olho para a data que está acima do título vejo a luz ao fundo do túnel que é o Erasmus. Avista-se já o fim, parece irremediavelmente próximo e incompreensível. Nada há a fazer contra o tempo: é implacável.
Não posso dizer que não tenho saudades de Portugal e dos portugueses que me dizem mais, mas um sentimento estranho de nostalgia ou mesmo uma espécie de saudades antecipadas disto aqui apoderam-se de mim! Parece que estou a chegar à última folha do livro Erasmus e não quero acabar já de o ler, quero prolongar esta leitura como tem sido até aqui.
Apesar de em Janeiro voltar mais o Nuno, não será certamente como até aqui. Não digo que seja pior, mas será certamente diferente, pois, mais não seja, dos portugueses em Erasmus, aqueles que fazem a festa, ficamos só nós os dois.
Até já a máquina fotográfica levei para a faculdade, para mais tarde recordar. E pelos vistos não fui o único, pois logo no início de uma aula de Personnel Economics o Daniel, um alemão com bastante à-vontade, pergunta à turma se se importavam que tirasse umas fotos. Ninguém se opôs e tirou umas quantas, incluindo um primeiro plano ao professor. Pediu depois para tirar uma a ele próprio como se estivesse a explicar algo para todos de forma bastante convincente! Teve piada este momento.
Passo um meia hora a fotografar alguns pontos de Maastricht ali próximos da biblioteca e da faculdade onde gosto de passar e parar. Ao almoço, no MENSA, como Terça-Feira está toda a comitiva portuguesa em Erasmus, tiraram-se umas boas fotografias ontem. Para mais tarde pensar e recordar o que foi esta experiência fascinante.
Dá vontade de ir à carruagem da frente falar com o motorista:
— Pare o comboio, que eu quero voltar para trás e fazer esta viagem de novo!
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