sábado, janeiro 17, 2004

Amesterdão e arredores

Na semana passada, toda ela, estive pelos lados de Amesterdão, ficando em Diemen, em casa do Zé. A viagem foi combinada um tanto ou quanto à pressa enquanto eu e o Nuno, únicos portugueses que voltaram para o Erasmus em Maastricht, enquanto íamos de comboio de Bruxelas para a GuestHouse! Nem uma hora ficámos em Maastricht!

Antes ainda jantámos no seio lusófono de Leuven e por lá ficámos saindo apenas sábado para Amesterdão. Foi um castigo primeiro que nos pudéssemos deitar, visto que eles estavam todos eléctricos, quanto eu me tinha levantado às cinco da manhã para apanhar o avião em Lisboa.

Em Amesterdão passeámos pela maior parte das ruas. Vimos diversos museus, alguns deles intermináveis, como o Amesterdam Historish Museum. Quando os museus fechavam e o sol se punha os valores de Amesterdão pareciam inverter-se e as luzes do Red District acendiam-se, provocadoras. Aí parecia que o mundo estava às avessas: permitindo-se o que moralmente se condena.

Um desses dias fomos a uma zona típica com moinhos, para não dizermos que saíamos da Holanda sem os ver. Foi em Zandam a cerca de 15 Km para Norte de Amesterdão que os vimos numa espécie de quinta do moinho holandês, visto que aquele espaço vivia apenas daquilo. Engraçada achei a forma original como eles utilizavam os moinhos. Ora parte tirar água de terrenos mais baixos para outros mais altos, divididos por um dique, através de uma rosca de Arquimedes, ora como serração, em que o próprio moinho puxava os troncos e dava impulso às serras, ora como fábricas de papel, ora para partir pedras ou objectos grandes, ora, porque não, para fazer farinha…

Para além dessa original utilização de um recurso aparentemente simples, fascinou-me a maneira como os holandeses conseguiram tornar terras pantanosas e constantemente inundadas em zonas habitáveis e até na própria capital da Holanda, assentando todas as construções em estacas que penetravam no solo bastantes metros até acharem solo mais firme e criando um amplo sistema de canais e diques que controlava a água. Impressionante a dimensão que atingiu!

Fomos a Haia, a capital política onde a maior parte das instituições importantes se encontram. Foi uma passagem rápida orientada por um mapa pouco explicativo acompanhado de uma revista muito pouco elucidativa pela módica quantia de 2€. Passámos pela zona antiga, pela residência da rainha da Holanda e pelo Tribunal Internacional de Justiça, num edifício a que chamam Palácio da Paz.

Daí seguimos para Delft, muito ligada à história áurea da família real dos Orange. Inclusive William de Orange estava faustosamente sepultado num mausoléu na igreja nova de Delft (é nova, mas já é do século XV!). Interessantes eram as inúmeras pontes que se estendiam pelos estreitos canais espalhados por toda a cidade bastante antiga. Valeu a pena a deslocação ali, seguindo o conselho do Miguel que já lá tinha estado.

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