segunda-feira, março 08, 2004

Jazz

Ontem o Maneta deu-me boleia para Lisboa. Eu dizia-lhe sempre para ele pôr as duas mãos no volante, que era mais seguro, mas ele...

Ele é percussionista no Hot Club de Portugal, aluno, entenda-se, e, antes de sairmos de Leiria, ainda parámos para ouvir um toque de Jazz na Cervejaria Camões e encontrar amigos por lá.

No caminho o Jazz saía a custo daquelas colunas da Berlingo de dois lugares que 12 pessoas já levou; acreditem, pois eu era uma delas! Então ora se ouvia o baterista, que o Maneta punha sempre mais alto quando solava, ora o guitarrista ou o contrabaixista ocasionalmente, quando tocava num registo mais agudo, que o outro as colunas não chegavam lá.

Isso levou à conversa sobre o Jazz, a mais erudita das músicas populares. E foi ter a Dave Holland e a um concerto que vi na televisão onde ele tocava com a sua big-band. O homem é simplesmente um génio do contrabaixo de cordas.

Eu comparo o Jazz à pintura contemporânea. Olhamos para um quadro e achamos aquilo feio, sem jeito. Principalmente porque não percebemos nem sabemos dar o valor à complexidade inerente àquela produção artística. No entanto há alguns destes quadros que, mesmo para um completo leigo, são de uma qualidade estética e técnica muito apreciáveis.
É, pois, o caso deste senhor de quase sessenta anos.

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