Primeira prova como atleta federado:
de manhã na distância média (foram 4Km, com 145m de desnível e 21 pontos de controlo) fiquei em 15º em 25 atletas, com 1:02:07.
À tarde no sprint na vila de Óbidos (1,9Km, com 120m de desnível e 16 pontos de controlo) fiquei em 9º, com 20:40.
A pontuação, para efeitos de ranking, é feita dividindo o tempo do atleta que se pretende pelo melhor tempo no seu escalão e multiplicando por cem. Ou seja, o vencedor em cada escalão tem 100 pontos e outros têm cada vez menos, proporcionalmente ao seu desempenho. Eu fiz 66,8 e 80,3 pontos, respectivamente de manhã e de tarde, o que quer dizer que estou actualmente com 147,1 pontos no ranking nacional do escalão Séniores Masculinos B.
Mas isso é o que menos interessa. A decisão ponto a ponto, a escolha da melhor forma de atacar um ponto com segurança, para não nos perdermos, o convívio no final onde já vou conhecendo as pessoas do COC - Clube de Orientação do Centro, o ambiente em torno da corrida... São muitos os actractivos.
Nem mesmo uma queda numa descida à maluca por entre braças secas de pinheiro me fez gostar menos desta prova. Quando no final fui ver ao espelho duma carrinha o meu arranhão no pescoço até me assustei. Pensava que tinha um arranhãozito que deitava um bocado de sangue, mas não. Era um grande vermelhão sem sangue, tipo queimadura por fricção.
Perguntei aos bombeiros que estavam ali de serviço se tinham alguma coisa para aquilo e acabei estar uns bons minutos com gelo químico na ferida. Nem sabia que havia aquele tipo de gelo que "funciona" com um murro. Ao juntarem-se os componentes que estavam isolados dentro do saco, da reacção química resulta gelo. É ideal para levar para actividades escutistas.
Acabei por estar mais de meia hora na conversa com uma bombeira e um bombeiro que insistia que me conhecia de algum lado.
Entre a corrida da manhã e a da tarde havia um intervalo que dava para passear um pouco. Depois de banho rápido nas instalações desportivas da vila de Óbidos, fui almoçar a um restaurante típico nas Caldas da Rainha uma farta travessa de filetes de pescada. Comi tudo!
Para desmoer aproveitei para passear na mata da rainha D. Leonor. Não que fizesse de propósito, porque nem sequer conhecia aquele local, mas porque deambulei um pouco e fui lá ter. É bastante grande e impressionante pela quantidade de árvores antigas que lá tem. Fica perto do jardim onde está o museu do Malhoa e umas das termas mais antigas do mundo. Aquela mata é até atravessada por um aqueduto que abastecia provavelmente as termas.
Antes de ir para a prova da tarde passei nas Gaeiras onde estavam a treinar para o raly que fazia parte dos festejos daquela terra. Era mais pó no ar que espectáculo e por isso não me demorei por lá muito tempo.
Por fim, a prova de sprint dentro das muralhas da vila de Óbidos. Às 17:49 chamaram o meu nome, faço o CLEAR, depois o CHECK passado um minuto e finalmente o START, aguardando pelo minuto certo para poder agarrar no mapa (até então virado para baixo numa cesta) e começar a correr.
Foi engraçado correr por Óbidos repleta de turistas que se desviavam e nos olhavam com curiosidade. Encontrar a melhor combinação de ruas para chegar ao próximo ponto e fazer esse caminho escolhido o mais depressa possível era sempre um desafio. Mesmo assim, surpreendentemente, ainda fiz o melhor tempo para o 13º ponto, que envolvia um lanço de escadas absolutamente assustador que eu tentei galgar de dois em dois degraus.
A prova correu bem, estava a chegar directamente aos pontos, sem desvios e com escolhas razoáveis de percursos. Curioso foi no ponto 7 uns turistas que vinham a passar apontarem para onde ele estava e eu depois de parar e conferir com o mapa concluir que aquele não seria o meu ponto. Mas era! E tive de voltar para trás e dar o braço a torcer.
Na meta, decarrega-se a informação do SIcard, recebem-se logo os resultados com os parciais ponto a ponto e a tradicional garrafa de água e barra de cereais muesli.
Do convívio com a malta do COC fica também o episódio de um e-mail que enviei a perguntar sobre a disponibilidade de fatos de competição do clube, obrigatórios em competições oficiais. Sem me aperceber, enviei o e-mail para todo o grupo, ao que respondeu a Isabel Oliveira em tom de brincadeira: "-Quem não tem fato do COC vai nu!" Portanto, foi natural apresentarem-me à Isabel como o tal rapaz que iria correr nu.
Assim que acabou a prova, tomei um duche rápido e fui para a Barreira para uma reunião do agrupamento para preparar o próximo ano escutista. Tentei quando se discutiam datas para actividades conciliar o máximo possível com o calendário de provas de orientação. Nas actividades maiores não houve grande conflito, mas existem reuniões de unidade todos os sábados à tarde. Por isso, este ano eu e a Alice vamos contar com a ajuda preciosa da caminheira Fátima.
Eu já estou é a pensar na próxima corrida de orientação que vai ser na Figueira da Foz a 16 e 17 de Setembro.
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