quarta-feira, outubro 29, 2003

Paris

No fim-de-semana passado, depois de uma semana de exames, fui a Paris com amigos e em casa de amigos fiquei. Para além de ficar mais barato, é sempre mais divertido e interessante.

A viagem foi feita de comboio até Bruxelas e de autocarro daí até ao destino final. Tudo estava a correr bem com os comboios, tudo a tempo e horas: normal. Ao chegarmos à gare dos autocarros com os bilhetes reservados à vários dias com medo de ficarmos sem lugares vemos algumas pessoas a comprar o bilhete internacional faltavam 15 minutos para o autocarro partir. Fez lembrar Portugal… até porque um dos empregados era de lá.

Depois foi a chegada/partida do autocarro para onde íamos. Chegou atrasado, atrasado partiu. E o condutor bastante antipático para os passeiros, com voz ríspida insultava até quem era a razão do seu trabalho: pessoas. “Quem é que disse para mexer aí? É o meu autocarro, eu é que mexo!” Nem as crianças são tão infantis!
Ao chegarmos à gare em Paris qual não foi o espanto ao ver inúmeras pequenas bandeiras portuguesas por todo lado numa espécie de enfeite de arraial popular. Parecia feito para nós, mas não (não se lembram, claro), era o fim-de-semana português naquela estação onde haviam fotografias típicas espalhadas pela estação…

Como tínhamos, apesar de tudo, pouco tempo para ver o muito que Paris nos oferecia, tínhamos de escolher bem e depressa e passar por cada monumento ou ponto de interesse quase como um gato passa por cima das brasas.

Então, vimos o alinhamento dos três arcos: o do triunfo, o da La Defense e o do Carrousel, no Louvre, do qual vimos os jardins, a pirâmide e a envolvência; a torre Eiffel que nada tem a ver com Paris senão o facto de ter sido lá construída, as ilhas no Sena com a catedral Notre Damme e na ponte que liga as duas ilhas um grupo de músicos já com a sua idade a dar um espectáculo monumental a quem por ali passava; a Ópera antiga com nomes de compositores no friso da fachada; a Place des Vosges e a casa do Vítor Hugo a um canto; o Sacre Cœur e a vista do alto do monte; o Moulin Rouge e a vista do mais baixo da sociedade; passeámo-nos pelos Campos Elísios de uma ponta à outra e de barco no Sena…

O Pedro está mesmo encantado com o modo de vida francês e até já tem o chapéu típico! Alertou-nos para a frieza e quase que desprezo dos franceses pelos não francófonos, mas pudemos ver pelo menos um exemplo curioso que o contradizia, pêro do cemitério dos famosos, em Pére Lachaise, onde um homem perto do estereótipo do francês vendia pão ao domingo no meio da rua de uma maneira encantadora!

Muito ficou certamente por ver, principalmente o ambiente e o modo de viver dos franceses a que fomos aludidos por aquilo que nos dizia o Pedro, o Ricardo e a Ana Filipa que nos receberam de braços abertos no seu apartamento. Aqui em Maastricht estamos sempre prontos a receber quem cá queira vir!…

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