quinta-feira, outubro 30, 2003

Schooling, Jobs and Competences

Este é o nome de uma das cadeiras que escolhi para o segundo bloco e não podia ter começado de forma mais estranha. Ao chegar à sala já lá estavam praticamente todos (deve ser influência do horário luso) e pairava um silêncio sepulcral na sala. Ouvia-se o silêncio!

Ninguém falava com ninguém. Percebia-se que estavam todos sós no meio de um grupo, mas nem o mínimo de conversação foi tentada sequer.

Para ultrapassar este problema, no Block Book, para quem o tinha (quando o professor se referiu a uma parte do Block Book assumindo que já todos tinham lido, uma rapariga olha para mim e eu para ela no sentido em que era a nós que ele se referia, visto não termos o dito Block Book), havia uma tarefa que consistia em cada um se apresentar. Foi precisa esta “tarefa” um tanto ou quanto pouco adequada ao nome de tarefa para quebrar o gelo na turma. Mesmo assim, no intervalo voltou o estranho silêncio fúnebre…

O professor em vez de ajudar nisso, como não tem experiência de ensino, visto que acabou os estudos há pouco tempo, ainda agravava mais o impasse. Um professor francês que veio para a Holanda para dar aulas em inglês.

Para além disso, esta foi a minha primeira aula desde que aqui estou em Maastricht que funciona na base do aqui famoso PBL: problem based learning, ou o aprender por nós próprios a partir da discussão de problemas.

Foi distribuída uma lista com nomes por ordem alfabética e uma data para cada um deles, que lembrava quem é que seria o discussion leader em cada aula. Eu era o segundo da lista: De Sousa Marques! (Porquê o “de”?!). Então tinha uma oportunidade de ver o que era suposto o “líder da discussão” fazer enquanto enquadrado neste sistema de PBL.

Porém, eis que surge o factor de mudança: o primeiro da lista não estava presente!
— Gonçalo, não se importa de ser o discussion leader?
Ora então que seja! Faço o melhor que posso. E então eu dizia que devíamos fazer coisas que já era suposto serem feitas no método PBL. Ao que o professor rematou:
— Ainda bem que a forma como pensas está alinhada com o conceito do PBL!

E eu que ainda não estava por dentro do PBL…

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