quinta-feira, novembro 13, 2003

Doutorices

Ontem o Daniel, aquele rapaz de olhos verdes, sorriso generoso e com bastante jeito para a música, fez questão de celebrar a sua licenciatura. E nós, todos, fizemos questão em estarmos presentes!

Na Zero Tolerance Party, como foi apelidada, quem quisesse festejar tinha de ter uma razão para tal, escrita em cores vistosas numa folha de papel que por aí se arranjou. E não faltavam razões estapafúrdias! O que interessava mesmo era festejar.

À boa maneira portuguesa, a festa começa à refeição, sendo esta para todos os portugueses aqui nesta vida (já vai sendo hábito) servindo-se-lhes um belo frango com arroz e ervilhas. Havia também salada-de-frutas com um cheirinho a vinho, a que algumas pessoas chamam também de sangria!

No entanto o prato forte da noite, que nem prato era, estava empilhado em quatro grades de cores e marcas distintas. Para as refrescar, para que pudessem refrescar, houve que pensar numa reestruturação do frigorífico, que para além de pequeno estava cheio com as coisas do dia-a-dia. Empurrão aqui, apertão acolá e lá coube tudo de mansinho!

Fosse isto uma acta e haveria a registar uma moção de censura entregue ao nosso amigo afastado, por estar para além do rio, que se tem baldado ao convívio luso em terras planas dos países baixos. Foi uma maneira de mostrarmos que estamos preocupados com ele e que gostaríamos que participasse mais com o resto do grupo em eventos inesquecíveis como este.

Se é doutor, alguma formalidade deve apresentar. Por isso, com papel higiénico se lhe fez uma fantástica gravata à medida, com o nó no sítio e o bico na extremidade. Parecia um senhor, até a Ana amavelmente espalhar pelos cabelos do doutor um gel gorduroso de qualidade duvidosa. É muito querida esta Querido! Depois pegou a peste a toda a gente, ficando todos com o cabelo empastado e reluzente.

E pronto, temos doutor…

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