Mudar implica romper com a normalidade. Isso tanto pode acontecer de forma premeditada, como pode ser imposto pelas circunstâncias da vida, sobre as quais poder algum temos.
A minha vida mudou com o fim da do meu pai. De repente, sem sinais nem aviso, a ver televisão no sofá, ficou tal como estava, imóvel. E a minha mãe sozinha em casa.
Eu estava a trabalhar em Lisboa na TempoOMD, uma agência de meios de publicidade, com a conta da Vodafone. O meu irmão, também em Lisboa, está no 4º ano de Medicina. Optei por deixar terminar o contrato com a OMD e não o renovar, de modo a poder ir para Leiria, por um lado para fazer companhia à minha mãe, por outro para tentar dar continuidade a projectos que estão em curso.
Esta é a primeira semana por Leiria. O desafio agora é grande e auto-disciplinador. Terei de aprender por mim mesmo a tratar de assuntos que até agora ignorava e contactar com muitas pessoas que desconhecia. Repartições de finanças, câmaras municipais, conservatórias e cartórios notariais, bancos, advogado e desenhador, solicitadores, imobiliárias e conversas com velhotes que sabem (e dão) informações importantes, vão passar a fazer parte da minha agenda diária. Ou melhor, já fazem.
Agora estou como que à procura das pontas soltas de um novelo de lã. Depois de as encontrar penso que será mais fácil encarrilhar. Espero que isso aconteça com alguma brevidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário